CIA considera 'mais provável' tese de que Covid teve origem em laboratório chinês
A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) mudou neste sábado sua posição oficial sobre a origem da Covid-19, ao apontar que é “mais provável” que o vírus tenha um laboratório chinês como origem, em vez de ter sido transmitido por animais.
A nova avaliação é divulgada dois dias após a confirmação de John Ratcliffe como diretor da agência no segundo governo de Donald Trump.
Ratcliffe, que foi diretor nacional de Inteligência no primeiro mandato do republicano, disse em entrevista divulgada ontem pelo veículo de direita Breitbart que, “desde o primeiro dia”, seria uma prioridade avaliar a origem da Covid. Ele acredita que ela esteja no Instituto de Virologia de Wuhan.
Um porta-voz da agência apontou hoje que, com base nos relatórios disponíveis, essa tese "é mais provável". A agência não havia determinado antes se a doença havia surgido a partir de um acidente de laboratório ou se havia sido transmitida por animais. "A CIA continua considerando" os dois cenários plausíveis, ressaltou o porta-voz.
Um funcionário americano explicou à AFP que a mudança de posição se baseou em uma nova análise ordenada pelo ex-diretor da CIA William Burns, que foi concluída antes de Ratcliffe assumir o cargo.
Os defensores da tese de vazamento de laboratório destacam que os primeiros casos conhecidos da doença surgiram na cidade de Wuhan, um centro importante de pesquisa do coronavírus localizado a cerca de 1.600 km das populações mais próximas de morcegos portadores de vírus semelhantes ao Sars.
M.Jenkins--MC-UK