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Papa cancela viagem a Dubai para participar da COP28 por recomendação médica
Papa cancela viagem a Dubai para participar da COP28 por recomendação médica / foto: Filippo MONTEFORTE - AFP

Papa cancela viagem a Dubai para participar da COP28 por recomendação médica

O papa Francisco cancelou a viagem prevista a Dubai para participar da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP28, por recomendação médica, informou o Vaticano nesta terça-feira (28).

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"Embora o estado clínico do Santo Padre tenha melhorado em relação à sua condição gripal e inflamação do trato respiratório, os médicos pediram que o Papa não faça a viagem a Dubai, planejada para os próximos dias", declarou, por meio de nota, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

"O papa argentino acatou o pedido dos médicos com grande pesar e, portanto, a viagem foi cancelada", disse Bruni.

Francisco, de 86 anos, que fez da defesa do meio ambiente um dos pilares de seu pontificado, seria o primeiro papa a participar desta cúpula da ONU desde a sua criação, em 1995.

O porta-voz da Santa Sé, que havia assegurado mais cedo aos jornalistas que o papa estaria em Dubai, acrescentou que Francisco continua desejando participar dos debates e que logo serão definidas as formas de fazê-lo.

O papa, que nos últimos anos enfrentou vários problemas de saúde, cancelou suas audiências no sábado devido ao que o Vaticano qualificou de um "leve estado gripal".

O pontífice se submeteu a uma "tomografia computadorizada" que descartou "o risco de complicações pulmonares".

No domingo, ele recitou o Angelus de sua residência no Vaticano, ao invés de fazê-lo de uma janela do palácio apostólico, com vista para a praça de São Pedro.

Esperava-se que, em sua viagem a Dubai, ele denunciasse a inação dos países implicados e os incitasse a reduzir drasticamente suas emissões de gases de efeito estufa.

Também se esperava que ajudasse a restaurar a confiança entre os países vulneráveis às mudanças climáticas e as ricas economias contaminantes.

O líder espiritual de 1,3 bilhão de católicos, mais da metade habitantes de países em desenvolvimento, insiste há tempos na relação entre as mudanças climáticas e a pobreza, reforçando que são os mais marginalizados os que pagam o preço mais alto com o aquecimento global.

I.K.Holmes--MC-UK