Lula elogia 'força' da economia, apesar da desconfiança dos investidores
"Ainda temos enormes desafios pela frente. Mas o Brasil tem hoje uma economia forte, que continua a crescer", afirmou o presidente em um curto pronunciamento transmitido pela TV às vésperas do Natal.
Segundo ele, o governo, que relançou programas sociais desde assumiu o terceiro mandato, em janeiro de 2023, é "eficiente e investe onde é mais importante: na qualidade de vida da população brasileira".
Nas últimas semanas, o real sofreu forte desvalorização frente ao dólar, após o anúncio de um pacote de cortes de gastos públicos, considerado insuficiente pelo mercado.
Nesta segunda, a cotação da moeda americana fechou a R$ 6,18 (+1,87%), após ter superado a marca simbólica de R$ 6 no fim de novembro.
O Congresso aprovou, na sexta-feira, o pacote de corte de gastos, mas a economia esperada pelo governo, estimada inicialmente em R% 70 bilhões, deveria ser menor do que o previsto devido a alterações feitas por deputados e senadores.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, isto pode representar um bilhão de reais a menos em economias nas contas públicas.
Mas Lula expôs seu otimismo, com o Brasil registrando seu menor índice de desemprego em 12 anos e o aumento da previsão de crescimento da economia brasileira de 3,42% para 3,49% em 2024, segundo o boletim Focus do Banco Central, publicado nesta segunda-feira.
"Estamos colhendo os frutos do nosso trabalho, mas é preciso continuar plantando (...) para que a colheita seja cada vez mais generosa", afirmou.
Durante a transmissão, Lula, de 79 anos, apareceu vestindo camisa azul-celeste e o chapéu Panamá que tem usado em público desde que deixou o hospital na semana passada, após se submeter a uma cirurgia para drenar uma hemorragia intracraniana na madrugada de 9 para 10 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A lesão foi provocada por uma pancada na cabeça durante uma queda no banheiro, em outubro, no Palácio da Alvorada, em Brasília.
"Estou ainda mais firme", disse o presidente nesta segunda, agradecendo a "corrente de solidariedade" e as "mensagens de carinho" recebidas durante sua hospitalização para a realização da cirurgia.
A.Lewis--MC-UK