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Ataque russo a prédio residencial deixa seis mortos no centro da Ucrânia
Ataque russo a prédio residencial deixa seis mortos no centro da Ucrânia / foto: STR - AFP

Ataque russo a prédio residencial deixa seis mortos no centro da Ucrânia

Um ataque russo destruiu, nesta segunda-feira (31), um prédio residencial no centro da Ucrânia, deixando seis mortos e dezenas de feridos, em um momento em que a Rússia intensifica seus bombardeios após uma série de ataques com drones em seu território.

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Dois mísseis russos atingiram a cidade de Kryvyi Rig pela manhã: um atingiu um prédio residencial e deixou seis mortos, incluindo uma menina de 10 anos, e pelo menos 75 feridos, segundo o chefe da administração militar da cidade, Oleksandr Vilkul.

O outro míssil atingiu um centro educacional.

"Eles bombardearam prédios residenciais, um prédio universitário, um cruzamento de estrada. Infelizmente, há mortos e feridos. Pode haver pessoas sob os escombros", disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, no Facebook, denunciando mais uma vez o "terrorismo russo".

Nas imagens divulgadas pelo presidente, pode-se ver um prédio residencial afetado em vários andares e enegrecido pelo fogo. O centro educacional ficou completamente destruído, segundo as imagens.

Kryvyi Rig, cidade natal de Zelensky, foi bombardeada em meados de junho. Pelo menos 12 pessoas morreram neste ataque contra um prédio residencial de quatro andares e um armazém.

Mais ao sul, na cidade de Kherson, outro ataque russo matou pelo menos quatro vítimas e feriu outras 17, informou o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak. "O inimigo está atacando bairros residenciais", disse.

Enquanto isso, as forças de Kiev deixaram dois mortos e seis feridos na cidade de Donetsk (leste), cidade controlada pelos russos, indicaram as autoridades instaladas por Moscou.

"O bombardeio destruiu um ônibus (...). Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas", afirmou no Telegram Denis Pushilin, responsável da região de Donetsk.

- Cerca de 250 km2 "libertados" -

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou que os ataques de Moscou contra infraestruturas militares ucranianas "aumentaram consideravelmente" em resposta aos ataques contra o território russo dos últimos dias.

A península da Crimeia, território ucraniano anexado pela Rússia em 2014, e outros territórios russos, foram atacados com drones nas últimas semanas. No domingo, um ataque com esses aparelhos danificou levemente dois prédios em um bairro comercial de Moscou.

Zelensky se mostrou satisfeito com esses ataques no domingo e afirmou que a guerra estava chegando "na Rússia".

"Progressivamente, a guerra chega ao território da Rússia, a um dos centros simbólicos e suas bases militares. É um processo inevitável, natural e absolutamente justo", declarou.

"A Ucrânia está ficando mais forte", acrescentou o presidente ucraniano, alertando que seu país deve se preparar para novos ataques às infraestruturas energéticas no próximo inverno.

O ministro da Defesa russo assegurou que a contraofensiva ucraniana, iniciada no início de junho após meses de preparação, não está sendo bem-sucedida e que "as armas ocidentais não estão levando ao sucesso" de Kiev, mas sim ao "prolongamento do conflito".

O Kremlin considerou, nesta segunda-feira, que os drones lançados contra Moscou na véspera foram um "ato desesperado" da Ucrânia, cuja contraofensiva, segundo a Rússia, é um fracasso.

A vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Maliar, contrariou Moscou e qualificou como "bem-sucedida" a atuação das tropas ucranianas no sul do país, onde conseguiram recuperar novos territórios nos últimos dois meses.

Segundo Maliar, a contraofensiva em andamento permitiu "libertar" 12,6 km2 de territórios ocupados, totalizando 204,7 km2 desde o início da operação.

As forças ucranianas avançam lentamente enquanto são confrontadas com sólidas linhas de defesa russas.

Na região de Bakhmut (leste), um dos focos dos combates, a vice-ministra reivindicou a recuperação de 2 km2 na semana passada, totalizando 37 km2 "libertados" na região desde o início de junho.

M.Palmer--MC-UK